Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 4, o delegado responsável pelas investigações da morte do menino Henry Borel, Henrique Damasceno, afirmou que diligências feitas no celular da babá do garoto, Thayná Ferreira, mostraram que ela narrou ao seu noivo uma agressão sofrida pela criança no dia 2 de fevereiro, menos de uma semana antes da morte de Henry dentro de casa no Rio de Janeiro. Na ocasião, o padrasto do menino, Dr. Jairinho, indiciado pela morte dele nesta segunda-feira, 3, teria se trancado com a criança no quarto. “Encontramos conversas entre ela e o noivo demonstrando que, nas palavras dela, parecia dentro do quarto que o padrasto estava tapando a boca do menino e o menino gritava ‘eu prometo’. Uma série de episódios bastante sérios”, afirmou o representante da 16ª DP da Barra da Tijuca.
O delegado disse que o primeiro relato feito pela babá à polícia “suavizou” a rotina de agressões sofridas por Henry dentro de casa e que o segundo depoimento deixou claro que brigas frequentes eram registradas entre o casal, que Monique pediu que ela não contasse sobre a rotina de violência pela família (sem oferecer dinheiro em troca) e que até mesmo a avó materna de Henry sabia das agressões sofridas pelo neto. Segundo depoimento de Thayná à polícia, no dia em que ela trocou mensagens com Monique contando o ocorrido em casa enquanto ela estava no salão de beleza, o menino teria ficado desesperado para não ir até o quarto com o padrasto e rasgado a blusa dela. Para compensar o estrago na roupa, Jairinho teria pagado R$ 100. Jairinho e Monique foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, com emprego de tortura e impossibilidade de defesa da vítima.
Fonte: Jovem Pan