A exposição “João Carlos Martins: 80 anos de música” começa nesta quarta-feira, 16, e fica em cartaz até o dia 26 de setembro, de quarta a domingo, das 13h às 20h. Para visitar, é necessário agendar um horário no site SESI São Paulo. O Centro Cultural Fiesp contará a história do pianista e maestro, João Carlos Martins. No mês em que comemora 81 anos, o regente da Bachiana Filarmônica é celebrado pelos corredores, divididos em duas metades. Na primeira, é contada a vida do pianista, em uma viagem entre 1940 e 2003; depois, é apresentado ao público o rumo seguido por João Carlos Martins depois do diagnóstico de distonia focal; o maestro ficou afastado do instrumento após 24 cirurgias. O homenageado da vez não conseguiu conter as lágrimas ao fazer a primeira visita. “Esse aqui é o resumo da ópera. Eu quero isso no fundo da minha memória, eu quero isso guardado como se fosse guardado em uma caixinha que vai me acompanhar até o apagar das luzes. Mostra que desde os 18 anos eu tive que lutar contra as adversidades. A única conclusão que eu chego é que eu lutei contra as adversidades, mas cada adversidade poderia ser um salto para um abismo ou a construção de uma plataforma para voar mais alto”, diz o maestro.
A exposição é cheia de detalhes e conta com inúmeras fotos, textos, vídeos, filmes e documentos. Um dos destaques é a Sala do Piano, onde uma holografia de João Carlos Martins conversa e toca para o público. Em outro espaço, um balé foi criado especialmente para ele. O curador Jorge Takla afirma que descobriu uma quantidade extraordinária de material não só no Brasil, como no exterior; e que tentou unir ao máximo o homem e o músico. “O pai era pianista, perdeu um dedo e não pode mais tocar, mas ensinou todos os filhos. Então eu mudei o nome da exposição para ‘João Carlos Martins: 80 anos de música’ para focar só na relação dele com a música. Como a música foi transformando o corpo dele e como o seu corpo foi transformando a carreira. Isso tudo envolvendo grande sofrimento e sempre uma força incrível de continuar”, conta Takla. E depois de ver tudo sobre a vida e a trajetória do maestro, ainda é possível tentar aprender a reger uma orquestra.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini
Fonte: Jovem Pan