Após o acidente em obra do metrô interditar parte da Marginal Tietê na última terça-feira, 1º de fevereiro, o secretário interino dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Paulo Galli, concedeu entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta quarta-feira, 2, para falar sobre os próximos passos para recuperação do trecho. Segundo ele, a pista central deverá ser liberada em dez dias. “Os trabalhos se estendem durante a semana e, em dez dias, nós deveremos estar liberando a pista central da Marginal. Há uma colaboração total dentro do governo do Estado e também da prefeitura”, afirmou Galli.
O secretário ainda afirmou que a responsabilidade técnica pela obra é da concessionária da linha do metrô e da construtora, que executa a construção. “Existe já todo um trabalho de execução de responsabilidades civis pela construção. Existe a fiscalização que é colocada, da concessionária para com a construtora. Separando sempre, você tem a concessionária, que tem a detenção da exploração da linha, e a construtora, que faz a execução [do projeto]. E também tem a certificadora do Estado, que faz o acompanhamento por amostragem de itens importantes da obra e, posteriormente, para fazer a liberação dos recursos. Mas a responsabilidade técnica, tanto pelo projeto quanto pela execução, é da construtora e da concessionária”, alegou.
Sobre as causas do acidente, Galli disse que elas ainda não foram identificadas, mas que uma empresa terceirizada foi contratada para investigar a questão. “O que ocorreu foi o rompimento da coletora de esgoto, que veio a solapar todo o solo e abrir essa cratera. O que causou isso, o motivo que levou a essa rompimento é o que não se sabe. Nós estamos contratando o IPT [Instituto de Pesquisas Tecnológicas], que fará uma perícia para identificar exatamente o que e como ocorreu esse rompimento dessa coletora de esgoto da Sabesp. Com relação a custos, ainda não estão definidos, mas são custos que são arcados pela concessionária responsável pela obra”, explicou. Segundo o secretário, o tatuzão, equipamento que faz o buraco para as obras do metrô, não foi o responsável por atingir a coletora de esgoto, já que teria passado três metros abaixo dela. “Não houve uma colisão entre o tatuzão e a coletora. Agora, houve o rompimento. O que causou o rompimento é que tem que ser investigado e o IPT vai nos apoiar nisso”, pontuou.
Fonte: Jovem Pan