A Polícia Federal tem até o dia 28 de janeiro para tomar depoimento do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o vazamento do inquérito sigiloso que apura um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prazo foi estabelecido por um despacho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. No dia 29 de julho de 2021, o presidente divulgou, durante uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, a íntegra de um inquérito sigiloso da PF a respeito de uma invasão de hackers aos sistemas do TSE durante as eleições de 2018. Segundo o Tribunal, o fato dos invasadores terem tido acesso a códigos-fonte não alterou o processo eleitoral, já que não houve alteração nas urnas eletrônicas.
Na época do vazamento realizado pelo chefe do Executivo, a investigação ainda não estava finalizada. O deputado Filipe Barros (PSL-PR), que também estava na live, é outro alvo da investigação. O parlamentar e o na época delegado da PF Victor Neves Feitosa Campos, que era o responsável pelo inquérito sobre o ataque ao TSE, já prestaram depoimento – o delegado é suspeito de ter feito o vazamento para Bolsonaro e foi afastado da investigação, também por determinação de Moraes. O magistrado quer entender como o presidente teve acesso a esses dados confidenciais e o porquê deles terem sido divulgados por Bolsonaro.
Fonte: Jovem Pan