Integrantes da CPI da Covid-19 querem convocar a Abin para esclarecer declaração de Jair Bolsonaro sobre “guerra química”. Na quarta-feira, 5, o presidente insinuou que o vírus faz parte de enfrentamento biológico, mas não citou nominalmente a China. Os oposicionistas da Comissão Parlamentar de Inquérito criticaram a afirmação. O requerimento para ouvir a Agência Brasileira de Inteligência partiu do senador Tasso Jereissati (PSDB). “Isso é muito grave. Se nós estamos vivendo uma guerra química, é uma das piores situações mundiais desde a Segunda Guerra. Se não, nós estamos fazendo uma injuria e uma calunia contra o nosso maior fornecedor de vacinas neste momento. Gostaria de fazer o requerimento verbal, mas estou enviando por escrito para convidar a Abin para vir a essa CPI e explicar essa questão de guerra química. Se existe, se não existe.”
Além do debate sobre o requerimento de Tasso Jereissati, senadores pressionaram para que as sessões sejam feitas em um espaço maior. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSB), prometeu estudar uma possível mudança. “Pedimos para ver se tem condições de fazer em um ambiente menor, até porque tem muita gente aqui. Alguns convidados nossos precisam de assessores para trabalhar. Solicitamos e o presidente ficou de ver a estrutura e nos dar uma posição.” Em meio a fala de Omar Aziz, senadores defenderam reduzir o número de assessores presentes na sala. A primeira semana de trabalho da CPI foi marcada pelos depoimentos de ex-ministros da saúde e do atual titular da pasta, Marcelo Queiroga.
*Com informações do repórter Daniel Lian
Fonte: Jovem Pan