SP vai à Justiça para discutir critério adotado pelo Ministério da Saúde na distribuição de doses da Pfizer

Como o imunizante da Pfizer é o único liberado pela Anvisa para aplicação no grupo, ainda não é possível administrar outras vacinas

A Procuradoria-geral de São Paulo vai acionar a Justiça para discutir o critério adotado e o percentual de doses da vacina da Pfizer entregues na última terça-feira, 3, pelo Ministério da Saúde ao Estado. A informação foi confirmada pela procuradora-geral de São Paulo, Lia Porto, que completou dizendo que estão sendo reunidos materiais técnicos para decidir qual instância será acionada e com qual tipo de ação. Em coletiva na última quarta-feira, 4, o governador João Doria acusou a pasta de entregar apenas 50% das doses da vacina que eram esperadas — cerca de 22% do total recebido pelo país, respeitando o critério de proporção. Um ofício foi enviado oficialmente ao ministério, que até o momento não respondeu de forma legal. De acordo com ele, foram enviadas 228 mil doses a menos do que estava previsto para esta remessa.

Durante a tarde desta terça, o ministério negou o erro e afirmou que apenas “compensou” doses a mais retiradas pelo governo estadual nas vacinas produzidas pelo Instituto Butantan. A gestão Doria afirmou que isso não aconteceu. Fato é que, se a redução na proporcionalidade de doses a serem entregues futuramente for mantida, o calendário de imunização de crianças e adolescentes de 12 a 17 anos, previsto para iniciar no dia 18 de agosto, fica comprometido. O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que no último dia 27 foi mencionada uma mudança nos critérios de distribuição, mas que não definia cálculos ou datas para que isso entrasse em vigor. O secretário-executivo da Secretaria estadual de Saúde, Eduardo Ribeiro, negou que a ação do Ministério da Saúde seja uma compensação. “É uma redução arbitrária unilateral e que prejudica o Plano Estadual de Imunização.”


Fonte: Jovem Pan

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