?A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve nesta quarta-feira, 18, a prisão preventiva de Everaldo Dias Pereira – o pastor Everaldo – e de outras seis pessoas investigadas nas Operações Placebo e Tris in Idem, que apuram suposta organização criminosa formada no governo do Rio de Janeiro com o propósito de desviar recursos e receber propinas, inclusive no âmbito do sistema de saúde estadual. Everaldo Pereira está preso desde 4 setembro, por decisão monocrática do ministro Benedito Gonçalves.
A ratificação das prisões na Corte Especial foi definida por maioria. Divergiu da decisão o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, que votou para conferir aos investigados presos o mesmo tratamento dado ao governador afastado Wilson Witzel, que teve o pedido de prisão negado por Gonçalves. De acordo com as investigações, pastor Everaldo seria um dos responsáveis pela criação de uma espécie de “caixa único” para pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos, a partir do direcionamento de contratações de organizações sociais, além de atuar na cobrança de um “pedágio” dos fornecedores de serviços ao estado do Rio.
Segundo a sub-procuradora geral da República, Lindôra Araújo, a organização criminosa chefiada por Witzel é lastreada em três principais pilares, liderados por Mário Peixoto; pastor Everaldo, Edson Torres e Victor Hugo; José Carlos de Melo”. O grupo teria iniciado suas atividades no ano de 2017 com a cooptação de Witzel para concorrer ao governo. Estima-se que ele tenha recebido R$ 1 milhão quando ainda era juiz federal. Toda a estrutura da organização criminosa foi descoberta graças às investigações iniciadas com a Operação Favorito, que resultaram na prisão do empresário Mário Peixoto e de seus operadores financeiros, e culminaram com a Operação Tris in Idem.
Fonte: Jovem Pan