Comércio e shoppings ampliam horário, mas situação dos bares segue indefinida

A Prefeitura de Marília autorizou nesta segunda-feira (14) a ampliação do expediente do comércio em geral e shoppings de 10 para 12 horas diárias, com fechamento no máximo às 22h. A situação, porém, segue indefinida para bares e restaurantes. A expectativa é que a definição das regras para esses estabelecimentos seja divulgada pela prefeitura nesta terça (15).

As medidas determinadas pelo governo estadual na última sexta-feira (11) têm validade de 30 dias e foram uma estratégia adotada pelo governador João Doria (PSDB) para tentar diminuir o contágio e a ocupação de leitos de UTI no Estado de São Paulo. 

Diante da autorização da Prefeitura de Marília, a partir desta terça-feira (15), o Marília Shopping funcionará de segunda a domingo, das 10h às 22h, tanto as lojas quanto a praça de alimentação.

Já o Esmeralda Shopping permanece funcionando das 11h às 21h, de segunda a sábado, lojas e praça de alimentação. Aos domingos, as lojas abrem das 12h às 19h e a praça de alimentação, das 11h às 21h.

As lojas do comércio no centro da cidade estão funcionando das 10h às 22h.  Aos sábados, nos dias 19 e 26 deste mês, o comércio abrirá das 9h às 17h. O mesmo horário no domingo, dia 20, data que antecede as vendas de Natal. Nos dias 24 e 31, o comércio também abrirá das 9h às 17h.

Indefinição

Em relação às determinações polêmicas que regulamentam o horário de bares e restaurantes, a questão segue indefinida entre a Prefeitura de Marília e o Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes.

O governo estadual obriga bares a encerrar o atendimento presencial às 20h. Restaurantes e lojas de conveniência só poderão vender bebidas alcoólicas até as 20h e deverão fechar às 22h.

Além do expediente, o governo do Estado também definiu que a capacidade de público em bares e restaurantes está limitada a 40% da capacidade de cada estabelecimento. A permanência de clientes em pé também está proibida, e cada mesa pode ter, no máximo, seis pessoas.

No entanto, as medidas de saúde não são um consenso para o segmento da cidade. O presidente do sindicato, Sinval Gruppo, afirma que não foi comunicado sobre nenhuma decisão da Prefeitura de Marília e o atendimento continua normalmente.

“Vamos continuar trabalhando. Não nos passaram nenhuma informação. Não podemos deixar tudo fechar novamente. Vai gerar muito desemprego e quebradeira no setor. São quase 10 mil empregos na região, cerca de 5 mil apenas em Marília. Quem vai pagar o salário dos funcionários no fim do ano?”, questiona.

Sem nenhum contato da Secretaria Municipal da Saúde, o presidente do sindicato confirmou que o segmento seguirá as antigas regras.

“Vamos seguir as antigas regras. Fechando meia-noite e trabalhando com a capacidade reduzida. Não estamos pensando em fechar. Se isso acontecesse prejudicaria muita gente (bares, restaurantes, lanchonetes, lojas de açaí, sorveterias, entre outros estabelecimentos). Imagina quantas pessoas seriam dispensadas no fim de ano?”, disse Sinval Gruppo.

O presidente do Sinhores criticou a determinação do governador João Doria de proibir a venda de bebidas alcoólicas a partir das 20h.

“O que muda isso em Marília? As pessoas vão comprar bebidas e alugar uma chácara. Se a população não se conscientizae, não tem o que fazer. Tem mais de mil chácaras alugadas para o fim de ano na cidade. E sem gerar nenhum emprego ou pagar impostos. Ao invés de tentar prejudicar o segmento da gastronomia, deveriam nos beneficiar porque estamos cumprindo todas as medidas de sanitização, higienização e distanciamento social.”


Fonte: D Marília

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