É seguro ir a bares, estádios e cinemas após a segunda dose da vacina contra a Covid-19? Confira respostas de especialistas

Avanço da vacinação contra a Covid-19 e queda nos indicadores aumentam o número de atividades permitidas após a segunda dose

Nesta semana, o Brasil ultrapassou a marca de 70% de brasileiros acima de 18 anos que receberam pelo menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Em relação àqueles que completaram o esquema vacinal, a taxa é de 42%, segundo dados da plataforma Our World in Data desta sexta-feira, 1º. Além do avanço da vacinação, o país vê o número de casos e mortes despencarem. Em setembro, foram registrados 16.275 óbitos causadas pela doença. Com isso, o nono mês se tornou o menos letal da pandemia desde o início do ano de 2021. Apesar da queda dos indicadores, a taxa de letalidade ainda é alta: 2,8%. A média móvel de mortes também permanece em um patamar elevado com cerca de 540 novos óbitos por dia. Com tantas variáveis, é difícil saber quais atividades estão liberadas e podem ser feitas de forma segura após as duas doses. Para esclarecer o que é permitido – ou não –, a Jovem Pan conversou com o o professor do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, Fernando Bellissimo, e com o chefe de Infectologia da Unesp, em Botucatu (SP), e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alexandre Naime.

Ambos os especialistas reforçam que é preciso ter em mente que os imunizantes disponíveis no Brasil não são 100% eficazes. Isso significa que mesmo com o esquema vacinal completo ainda há chance do imunizado contrair e transmitir o coronavírus. “As vacinas reduzem o risco de infecção e adoecimento, mas não os eliminam. Não existe nenhuma vacina 100% efetiva. A que mais se aproxima disso é a vacina da febre amarela, com quase 100% de eficácia. Mas em relação à Covid-19, nenhuma atinge essa cifra”, diz Fernando Bellissimo, que acrescenta que deve-se levar em conta que todos os testes de eficácia das vacinas disponíveis foram feitos contra a cepa original, de Wuhan. “De lá para cá, várias outras cepas foram surgindo e nós não temos certeza se a proteção é a mesma. Para várias das novas cepas existe uma proteção cruzada, mas em menor grau. Sendo assim, há chance da pessoa pegar uma nova cepa mesmo estando vacinada”, lembra o professor.


Fonte: Jovem Pan

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