A DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) instaura, em média, três inquéritos por dia para investigar casos de violência contra a mulher em Marília. De janeiro a setembro, a delegacia especializada abriu 794 investigações, segundo estatísticas oficiais da Secretaria da Segurança Pública.
Dados foram apresentados nesta quarta-feira (25), quando foi lembrado o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher.
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, advogada Adriana Tognoli, analisa que a subnotificação dos casos já existia e a pandemia agravou ainda mais essa situação.
“A pandemia foi um agravante, pois muitas famílias não estão saindo porque têm em casa pessoas com morbidades. Portanto, as vítimas têm receio de sair para fazer uma ocorrência. E muitas vezes a mulher não tem segurança que a Justiça conseguirá resolver o problema”, disse.
“Por falta de conhecimento, muitas mulheres continuam sofrendo violência física e psicológica pela dependência financeira”, complementa Cleomara Cardoso de Siqueira, presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB Marília.