Três anos da morte de Marielle: Acordo entre Justiça e Facebook pode ajudar na investigação do caso

A vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados a tiros em emboscada no Rio de Janeiro

Há três anos, a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes eram executados no Rio de Janeiro. Desde então, mesmo com enorme pressão da sociedade civil, o crime não foi completamente elucidado. Não se sabe o que motivou nem quem foi o mandante dos assassinatos, cometidos pelo policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, como apontam as investigações. Neste mês, o inquérito do caso ganha novos contornos ao debruçar-se sobre as redes sociais. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) firmou, na sexta-feira, 12, um acordo judicial com o Facebook para acessar dados que poderão ajudar a localizar quem mandou matar Marielle. Apesar de ter se recusado a colaborar inicialmente, a iniciativa de firmar este acordo partiu da própria rede social, que disponibilizará pela primeira vez seus dados para a investigação. À Jovem Pan, a plataforma confirmou a parceria, alegando que “respeita a Justiça brasileira”. Segundo o MPRJ, a Justiça já havia decretado o compromisso do Facebook de compartilhar os dados necessários para apuração do crime. No entanto, a rede social descumpriu a primeira decisão judicial. Devido à quebra do acordo, a 4ª Vara da Comarca da Capital instituiu a multa de R$ 5 milhões à companhia Mark Zuckerberg.

A promotora de Justiça Simone Sibilio, coordenadora da força-tarefa que investiga os assassinatos, lamentou a demora do Facebook para fornecer os dados. Ela avalia que o longo período de tempo sem acesso aos dados pode ter causado prejuízos à apuração do caso. Além disso, a promotora afirmou que, apesar da parceria representar um avanço nas investigações, “não se pode afirmar com certeza que os mandantes do crime serão encontrados”.


Fonte: Jovem Pan

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